Infarto: dor no peito não é único sinal; veja sintomas e causas da doença

Todo mundo associa o infarto a uma dor forte no peito —até porque é assim que vemos nos filmes e novelas. O sintoma é mesmo o mais comum, mas não é o único. Em alguns casos, pode nem estar presente. Ter informações sobre esse tipo de emergência médica é fundamental para todo mundo, já que quanto antes o tratamento for iniciado, maiores as chances de sobrevivência.

Para se ter uma ideia de quanta gente morre de infarto por ano no Brasil, imagine dois estádios de futebol com capacidade para quase 50 mil pessoas, como a Arena Fonte Nova, em Salvador, completamente lotados. É muita gente. E quase todas essas mortes poderiam ser evitadas com mudanças no estilo de vida e o controle adequado de fatores de risco, como você vai aprender a seguir.

Números da doença são preocupantes

As doenças cardiovasculares são as doenças que mais matam no Brasil e em todo o mundo. Só aqui, são quase 400 mil mortes por ano, segundo estimativas da Sociedade Brasileira de Cardiologia para 2018. Isso equivale a mais de 1.000 por dia e cerca de 43 a cada hora. É o dobro das mortes causadas por todos os tipos de câncer juntos e mais que o dobro do número de acidentes e episódios de violência fatais.

Dentre as doenças que envolvem o coração e a circulação, o acidente vascular cerebral (AVC), o popular “derrame”, é a principal ocorrência, seguida pelo infarto do miocárdio. “Atualmente, cerca de 300 mil casos são diagnosticados anualmente e, em cerca de 30% deles, o desfecho é fatal”, informa o cardiologista Guilherme Sangirardi, membro da Sociedade Brasileira de Cardiologia do Estado de São Paulo (Socesp) e da Sociedade Brasileira de Hemodinâmica e Cardiologia Intervencionista (SBHCI).

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Coração e circulação

O coração é a bomba que permite o envio de sangue rico em oxigênio e nutrientes para todas as células do nosso corpo. O órgão é formado por quatro cavidades (dois átrios e dois ventrículos). A circulação é assegurada pela contração e dilatação do músculo cardíaco, o miocárdio, e por válvulas que garantem que não haja refluxo. O sangue oxigenado sai do coração pela aorta (a maior de todas as artérias) e vai para todos os órgãos. Ele retorna pelas veias, já pobre em oxigênio e rico em gás carbônico.

Como qualquer outro órgão ou tecido, o músculo cardíaco também precisa de sangue rico em oxigênio para funcionar. Quem alimenta o miocárdio são as artérias coronárias esquerda e direita, que saem da aorta e se ramificam em vasos cada vez menores para irrigar todo o músculo cardíaco.

“O ventrículo esquerdo é como a raiz de uma árvore, bombeia o sangue para a aorta, que é como o tronco que distribui todos os ramos arteriais que nutrem o corpo, e as artérias coronárias são os ramos que nutrem o coração”, compara a cirurgiã cardiovascular Magaly Arrais, do Hospital do Coração (Hcor), em São Paulo, e diretora de Departamentos Especializados da Sociedade Brasileira de Cirurgia Cardiovascular (SBCCV).

Aterosclerose

Por razões que envolvem fatores genéticos e estilo de vida, o calibre das artérias pode se reduzir, ao longo do tempo, pelo acúmulo de placas de gordura, colesterol e outras substâncias (ateroma). Esse processo, conhecido como aterosclerose, começa cedo na vida da pessoa e envolve uma reação inflamatória. Conforme avança, essas placas acumulam cálcio, células mortas e outros resíduos —o que pode ser observado em certos exames de imagem. Quando o comprometimento ameaça o coração, dizemos que a pessoa tem doença arterial coronariana (DAC), uma condição crônica e progressiva.

Como acontece o infarto

Eventualmente, as placas de ateroma podem sofrer fissuras ou lesões. O organismo se defende dessa agressão com o acúmulo de plaquetas (um dos componentes do sangue), gerando um coágulo (também chamado de trombo). Tanto as placas quanto os trombos podem impedir que o sangue passe naquele trecho da artéria em que há o entupimento. Quando a irrigação do tecido é insuficiente, o quadro é chamado de isquemia. Já quando a irrigação é interrompida, o tecido alimentado por aquele vaso morre e, consequentemente, uma parte do músculo cardíaco também –isso é o infarto.

Infartos podem acontecer em qualquer parte do corpo, mas, quando afeta o músculo cardíaco, é chamado de infarto do miocárdio, ou infarto agudo do miocárdio, quando ocorre de forma súbita. A ocorrência costuma ser classificada em: infarto STEMI (com alteração no eletrocardiograma) e infarto NSTEMI (sem alteração no eletrocardiograma).

Os tipos de infarto

Em relação às causas, os especialistas consideram cinco tipos de infarto do miocárdio:

  • Tipo 1 O mais comum, que envolve uma ruptura na placa de ateroma e formação de trombo, como explicado acima.
  • Tipo 2 Há um prejuízo na irrigação do miocárdio em decorrência de alguma condição grave, por exemplo: pressão muito alta ou muito baixa, anemia profunda, ou após cirurgias em outras partes do corpo.
  • Tipo 3 É o que cursa para morte súbita, porque a necrose atinge uma área extensa rapidamente, ou gera uma arritmia grave. É também chamado “infarto fulminante”.
  • Tipo 4 É o que ocorre após uma angioplastia.
  • Tipo 5 É o que ocorre após uma cirurgia de revascularização do miocárdio.

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O colesterol alto é um dos principais fatores de risco do infarto Imagem: iStock

Qual a diferença entre infarto e ataque cardíaco?

Muita gente usa infarto do miocárdio e ataque cardíaco como sinônimos, mas na verdade o último termo é bem mais abrangente. Várias complicações além do infarto podem resultar em um ataque cardíaco, inclusive a parada cardíaca, geralmente provocada por uma arritmia —disfunção elétrica que faz o coração bater de forma desregulada e tem diversas causas. O infarto nem sempre leva imediatamente a uma parada cardíaca, mas, em alguns casos, pode provocar uma arritmia maligna e, aí sim, o coração pode parar de bater.

Angina, um sinal de alerta

Quando o fluxo de sangue na artéria está comprometido por um entupimento, a pessoa pode não sentir nada. Porém, se ela fizer algum esforço físico maior, ou passar por uma situação de estresse, que libera adrenalina, os vasos podem sofrer espasmo, ou seja, eles se contraem, o que interrompe temporariamente a passagem de sangue (isquemia cardíaca) e pode gerar dor no peito, ou angina.

Quando o sintoma aparece só nessa situação de esforço, é chamado de angina estável. Já a angina instável quando surge ao mínimo esforço, ou em repouso, e pode ser considerado um pré-infarto. Essas dores no peito costumam ter curta duração, mas, em ambos os casos, é preciso procurar o cardiologista. De qualquer forma, é bom saber que a dor do infarto é prolongada e tende a ser mais intensa que a da angina.

É possível ter infarto sem qualquer sinal prévio? Infelizmente sim. É raro que a pessoa não sinta qualquer tipo de dor ou desconforto antes de sofrer um infarto, mas isso pode ocorrer. Além disso, como dor é algo subjetivo, muita gente pode confundir o “aviso” com algo de menor importância, como uma dor nas costas ou queimação no estômago.

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Fatores de risco

– Colesterol elevado: o colesterol é um tipo de lipídio (gordura) fundamental para a integridade das células e também para a produção de hormônios. Cerca de 30% provêm da nossa alimentação e 70% do nosso próprio fígado. Existem dois tipos de lipoproteínas: o LDL (ou mau colesterol) e o HDL (ou bom colesterol). O LDL em excesso está associado à formação de placas nas paredes das coronárias e, portanto, ao infarto. Já o HDL ajuda a remover o colesterol da parede das artérias, por isso é bom que essa lipoproteína esteja elevada no sangue. Tendências genéticas, hereditárias (hipercolesterolemia familiar), obesidade, sedentarismo e consumo excessivo de gordura animal podem interferir no nível de colesterol.

– Hipertensão: uma das principais causas de doença cardiovascular, a pressão alta agride a parede das artérias e pode dilatar o coração, fazendo com que ele tenha que trabalhar mais. O problema pode ser causado por fatores genéticos e também por consumo excessivo de sódio (presente no sal de cozinha e nos alimentos industrializados), obesidade e sedentarismo.

– Diabetes: tanto o diabetes tipo 1 quanto o tipo 2 interfere no processo de aterosclerose. Quando essas condições não são bem controladas, aumenta o risco de ruptura das placas e formação de coágulos que podem resultar em infarto ou derrame.

– Dieta inadequada: embora o colesterol seja considerado o principal vilão das coronárias, há outros fatores ligados à alimentação que interferem no risco cardiovascular, como a gordura trans (que diminui o HDL, fazendo o LDL se elevar), o excesso de açúcar e carboidratos —que aumenta o nível de triglicérides, um outro tipo de gordura “ruim” para o organismo, e gera resistência à insulina, processo que leva ao acúmulo de gordura abdominal.

– Obesidade: quanto maior o peso, maior o esforço para o coração. Além de elevar o risco de outras condições associadas à doença coronariana, o tecido adiposo contribui para a produção de substâncias inflamatórias.

– Estresse: tensão crônica e falta de sono adequado, por si só, provocam a liberação de hormônios que, em excesso, têm efeito inflamatório. Além disso, levam a pessoa a comer mais e pior. Já a descarga de adrenalina resultante de uma situação de estresse agudo pode fazer as artérias se contraírem, uma situação perigosa se já houver obstrução.

– Sedentarismo: um bom condicionamento físico permite que o coração trabalhe com menor esforço, reduzindo o risco de hipertensão, obesidade, colesterol alto, estresse e hiperglicemia, todos fatores de risco cardiovascular.

– Tabagismo: as substâncias tóxicas do tabaco agravam a aterosclerose, fazem as artérias se contraírem e endurecerem, além de exigir maior esforço do coração.

– Idade: o pico de incidência em homens costuma ser a partir de 45 anos. Já em mulheres, após os 55 anos (a menopausa aumenta o risco cardiovascular). No entanto, a exposição mais precoce aos fatores de risco pode levar pessoas de 20 a 40 anos a ter infarto.

– Anticoncepcional: associado a outros fatores de risco, como o tabagismo, pode aumentar consideravelmente o risco de infarto e trombose.

– Drogas ilícitas: substâncias como a cocaína podem provocar infartos, inclusive em jovens, já que geram aumento da pressão e enrijecimento das artérias.

– Abuso de álcool: em excesso, o consumo de bebida alcoólica também pode prejudicar o sistema cardiovascular.

Sintomas do infarto

Quando a obstrução afeta um pequeno ramo da coronária, atingindo uma área pequena e periférica do músculo cardíaco, o infarto pode ser assintomático (ou silencioso). O mais comum, porém, é que a pessoa tenha uma combinação de sintomas, que surgem de repente. O primeiro costuma ser a dor ou aperto no peito, que se irradia para o queixo ou ombro e braço esquerdos. Mas mulheres e idosos podem não ter essa manifestação típica, ou confundi-lo com dor de estômago, azia ou dor nas costas.

Fique atento se tiver:

  • Dor aguda no peito, que perdura por mais de 20 minutos e pode se irradiar para pescoço, mandíbula, costas, braço ou ombro esquerdo (também pode se manifestar como queimação, sensação de peso ou aperto no peito e formigamento no braço);
  • Náuseas e/ou vômito;
  • Sudorese, suor frio;
  • Falta de ar (mais frequente em idosos);
  • Cansaço extremo ou fraqueza;
  • Tontura;
  • Desmaio;
  • Ansiedade.
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Quem sofreu infarto deve mudar o estilo de vida e ter hábitos saudáveis para evitar novo problema Imagem: Getty Images

Atenção, mulheres e idosos

Entre as mulheres, por diferenças anatômicas, é frequente que as dores sejam descritas como queimação e pontadas no peito. Muitas vezes são subvalorizadas entre as que estão antes da menopausa, por isso é importante conhecer os fatores de risco.

Em idosos ou indivíduos com diabetes, que podem ter a sensibilidade à dor alterada por causa do envelhecimento ou de neuropatias, a falta de ar pode ser a manifestação mais aparente.

Essas diferenças nos sintomas podem fazer com que a vítima ou seus familiares demorem para buscar um serviço de emergência.

Como agir

A recomendação é ligar para o SAMU (192) e manter a pessoa em repouso. Enquanto aguarda, alguém do serviço pode aconselhar a tomada de dois comprimidos de 100 mg de ácido acetilsalicílico (aspirina). Em caso de parada cardíaca, deve-se deitar a pessoa no chão, com o queixo virado para cima, e iniciar a massagem cardíaca, fazendo duas compressões por segundo no meio do peito até a chegada da equipe de socorro.

Mesmo que os sintomas sejam leves e a pessoa não tenha histórico de doença cardiovascular, é importante ir ao pronto-socorro.

O ideal é que as providências sejam tomadas até seis horas após o início dos sintomas. Depois de 12 horas, a probabilidade de recuperação é mínima.

Diagnóstico

Em caso de suspeita de infarto, deve-se fazer um exame de eletrocardiograma, que é simples e quase sempre pode confirmar, ou não, a suspeita. Como existem alguns casos de infarto sem alteração no eletro, também é comum que a equipe realize um exame de sangue para dosar certas enzimas que indicam a presença de lesão cardíaca.

Tratamento

Assim que o diagnóstico é confirmado, o paciente é encaminhado para cateterismo, exame minimamente invasivo que permite visualizar e acessar as coronárias obstruídas, seguido de angioplastia, procedimento que realiza a desobstrução mecânica da artéria.

Em hospitais pouco equipados, pode-se administrar medicamentos que ajudam a dissolver o coágulo até que o paciente seja transferido para um centro médico maior. Mas as taxas de sucesso são mais altas para quem é submetido à angioplastia.

Dependendo do número e localização das obstruções, bem como o estado geral do paciente, o tratamento pode ser completado com a angioplastia, com implante de um stent (mola metálica), ou a pessoa é encaminhada para a cirurgia de revascularização. Entenda melhor cada um dos procedimentos a seguir.

Angioplastia coronariana

Inserção de um cateter pelo braço ou pela virilha que é guiado até a região do coração, como no exame de cateterismo. Guiado por imagens e com ajuda de uma injeção de um contraste, o médico intervencionista leva um pequeno balão até o local da coronária em que está a obstrução, que, então, é inflado para que a artéria se abra e o sangue volte a passar.

Para evitar que o vaso volte a fechar, é inserido um stent, espécie de mola metálica que mantém as paredes da artéria abertas. Existem dois tipos de stent: o convencional e o farmacológico, que libera medicamentos para evitar uma futura nova obstrução no local (reestenose), risco que é maior com o uso do convencional.

A principal vantagem da angioplastia é ser um exame minimamente invasivo —o paciente fica internado por um ou dois dias e pode voltar às suas atividades após algumas semanas. Complicações e mortes associadas ao procedimento são incomuns.

Cirurgia de revascularização do miocárdio

Conhecida popularmente como cirurgia de “ponte safena”, consiste no uso de um enxerto retirado de uma veia (como a safena) ou artéria (como a mamária ou a radial) para fazer uma ponte que liga a parte saudável da artéria obstruída à aorta, permitindo que o coração volte a ser revascularizado.

Requer uma incisão no meio do peito, além de uma pequena incisão para retirada do enxerto. Na maioria das vezes é realizada com ajuda de um equipamento de circulação extracorpórea (máquina coração-pulmão), mas há casos em que é possível dispensá-lo. Requer cerca de cinco dias de hospitalização e pelo menos dois meses de recuperação. Dentre as complicações possíveis estão o risco de trombose, infecções e arritmia, mas os índices de mortalidade são baixos quando a cirurgia é bem indicada e realizada por equipe experiente.

Qual é o melhor?

“Alguns estudos têm mostrado que, em longo prazo, a cirurgia de revascularização traz melhores resultados”, afirma Magaly Arrais. Mas a angioplastia tem a vantagem de ser um procedimento minimamente invasivo. Por isso a pergunta mais adequada seria: “qual o melhor em cada caso?”

Para um paciente muito idoso, por exemplo, uma cirurgia pode ser inviável. Mas a obstrução também pode estar em um local em que colocar o stent é extremamente arriscado. Por isso existem guidelines, atualizados periodicamente, que determinam qual a melhor opção para cada tipo de paciente e de doença. Em alguns casos, pode ser feito até um procedimento híbrido.

Vida após o infarto

O processo de recuperação depende muito do tipo de procedimento realizado e da extensão do infarto. De um modo geral, se o atendimento foi feito a tempo e a lesão foi limitada, o paciente vai voltar a ter uma vida absolutamente normal, desde que mantenha hábitos saudáveis a partir de então.

Durante a recuperação, que é mais longa e complexa para quem passou por cirurgia, é necessário cumprir o período de repouso e todas as recomendações médicas. Como a doença arterial coronariana é crônica, é preciso fazer modificações no estilo de vida para evitar um novo infarto, como seguir uma dieta saudável, fazer atividade física regularmente, parar de fumar e realizar exames periódicos.

Alguns medicamentos administrados após o infarto deverão ser tomados para o resto da vida, como um agente antiplaquetário (como a aspirina), remédios para baixar o colesterol (estatina), para hipertensão, diabetes e, em alguns casos, para arritmia.

Como ajudar alguém que tem ou teve infarto

Sofrer um infarto é algo que tem um forte impacto emocional para a pessoa. Por isso ter o suporte da família e dos amigos é importante. É preciso que o paciente seja acompanhado durante o período de recuperação, para que não realize esforço e seja encaminhado para o hospital caso haja algum problema.

É comum a pessoa ter depressão após um infarto, e os familiares podem ajudar no diagnóstico. É fundamental que o quadro seja tratado. Parentes e amigos também podem ajudar com o incentivo a hábitos saudáveis, como prática de atividade física e alimentação equilibrada.

Vinho tinto - iStock
Beber vinho para proteger o coração está longe de ser encarado pelos médicos como remédio Imagem: iStock

Como prevenir

O controle da pressão arterial, do nível de colesterol e açúcar no sangue, o combate ao tabagismo e ao sedentarismo são os pilares da prevenção da doença coronária e, consequentemente, do infarto do miocárdio. Aprender a gerenciar o estresse, dormir bem e cultivar o lazer também são medidas importantes.

Álcool protege o coração?

Embora alguns estudos ressaltem o papel protetor de doses moderadas de álcool, em especial das bebidas com antioxidantes, como vinho e cerveja, a medida está longe de ser encarada pelos médicos como “remédio”.

Quem não tem o hábito não deve começar a beber com objetivo de prevenir doenças do coração, já que o álcool possui vários outros efeitos deletérios, mesmo em doses moderadas. Vale lembrar que misturar bebida e medicamentos pode ser perigoso.

Detecção precoce

Realizar exames de rotina, especialmente se a pessoa tiver um ou mais fatores de risco para doença coronariana, pode evitar um infarto. Em geral, exames de sangue (para dosagem de colesterol, triglicérides, glicose e marcadores inflamatórios, como a proteína C reativa), eletrocardiograma, ecocardiograma, teste de esforço, cintilografia ou angiotomografia podem ser indicados pelo cardiologista.

Se alguma obstrução for detectada, o paciente pode ser encaminhado para o cateterismo e elege-se o procedimento mais indicado, que pode ser apenas o uso de medicamentos, a angioplastia com stent ou a cirurgia de revascularização eletiva.

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