ARSENIC IN WINE
Em 23 de março de 2016, o Tribunal Superior de Los Angeles arquivou um processo infundado que tentava levantar questões sobre a segurança de alguns vinhos da Califórnia. Em 9 de maio de 2018, o Tribunal de Apelação da Califórnia confirmou a decisão anterior e não encontrou nenhuma base legal para uma reclamação. Os vinhos de todo o mundo contêm vestígios de arsênico – assim como frutas, vegetais, grãos, água, suco e outras bebidas – e não representam um risco para os consumidores.FICÇÃO: A ação judicial alegou que certos vinhos da Califórnia contêm níveis inseguros de arsênico.FATO: O arsênico é encontrado naturalmente no ar, solo e água. Tem sido amplamente pesquisado e escrito sobre ele. Os vinhos de todo o mundo contêm quantidades vestigiais de arsênico, assim como praticamente todos os alimentos e bebidas. Os vinhos vendidos nos Estados Unidos são seguros para o consumo. Os tribunais descobriram que o processo era infundado e não tinha qualquer mérito. FICÇÃO: A ação judicial alegou que alguns vinhos não são seguros porque contêm níveis mais altos de arsênico do que a Agência de Proteção Ambiental dos EUA (EPA) permite na água potável – 10 partes por bilhão (ppb).FATO: Não há base científica para aplicar o padrão de água potável da EPA ao vinho. Lauren Sucher, porta-voz da U.S. Food and Drug Administration (FDA), explica que a norma da água potável “é de uso limitado quando se considera quaisquer riscos potenciais à saúde relacionados com o arsénico no vinho”. As pessoas bebem muito mais água do que o vinho ao longo da sua vida, e começam a beber água mais cedo na vida. Assim, tanto a quantidade quanto o período de exposição são diferentes e exigiriam análises separadas”. FICÇÃO: Os advogados alegaram que certos vinhos da Califórnia continham “níveis perigosamente elevados” de arsênico e que a saúde do consumidor está em risco porque não há limite americano para arsênico no vinho.FATO: Não há limite americano para arsênico no vinho, porque não há um conjunto de provas que fundamentem a alegação de que as quantidades vestigiais de arsênico encontradas no vinho colocam os consumidores em risco. A FDA vem monitorando o conteúdo de arsênico em alimentos e bebidas há mais de 20 anos. A FDA tem testado o conteúdo de arsênico no vinho e descobriu que os dados não garantem o estabelecimento de um limite. O Canadá e a OIV, uma organização intergovernamental de 46 países produtores de vinho, estabeleceram limites para o vinho que vão de 100 a 200 ppb – 10 a 20 vezes o nível que a EPA determinou ser seguro para a água potável. Os vinhos da Califórnia ficam bem abaixo desses limites e são perfeitamente seguros para o consumo. FICÇÃO: Os advogados sugeriram que este era um problema exclusivo dos vinhos da Califórnia e a sua acção judicial visava apenas vinhos do estado.FACTO: Em 2014, o Laboratório de Garantia de Qualidade do Conselho de Controlo de Licores de Ontário (LCBO) testou 17.537 vinhos de todo o mundo, incluindo 2.247 vinhos da Califórnia. Os dados mostraram que os níveis de arsênico eram consistentes para vinhos de todo o mundo e vinhos da Califórnia. 99,6% dos vinhos globais tinham níveis de arsênico de 25 ppb ou menos, enquanto 99,2% dos vinhos da Califórnia tinham níveis de 25 ppb ou menos. FICÇÃO: A ação judicial foi baseada em dados de uma firma chamada BeverageGrades, que alegou ser confiável por ter um laboratório “de ponta”. FATO: A BeverageGrades alegou que 23% dos 1.300 vinhos que testou tinham níveis de arsênico acima de 10 ppb. No entanto, o laboratório da BeverageGrades não possui certificações ou acreditações conhecidas e não divulgou nenhum de seus dados ou os detalhes de sua metodologia. O laboratório LCBO Quality Assurance foi o primeiro laboratório na América do Norte a receber dupla certificação ISO (ISO/ISE 17025, ISO 9001:2000) e seus Certificados de Análise são aceitos em todo o mundo. O laboratório LCBO testou 17.537 vinhos em 2014 e descobriu que apenas 5% deles tinham níveis de arsênico acima de 10 ppb. A CBS News, que relatou o processo, testou quatro dos vinhos que a BeverageGrades testou e descobriu que todos os quatro tinham níveis de arsênico “consideravelmente inferiores aos resultados da BeverageGrades”. FICÇÃO: A BeverageGrades e seu fundador, Kevin Hicks, alegaram que seu principal objetivo era informar e defender os consumidores. FATO: A motivação financeira da BeverageGrades para instigar esta ação judicial não poderia ter sido mais clara. No mesmo dia em que a ação foi movida, a BeverageGrades emitiu um comunicado de imprensa para vinícolas e varejistas oferecendo seus serviços de testes por uma taxa, declarando: “Nosso objetivo é ser o principal recurso da indústria de bebidas para informações analíticas de produtos”. O site da empresa com fins lucrativos declara com orgulho: “Solicitamos a muitos grandes varejistas e grupos de restaurantes que trabalhassem conosco para utilizar nossos serviços de teste de laboratório”.